sábado, 14 de novembro de 2009

Soneto Perturbador

Doce pensamento de uma fúria desalmada, vais e voltas sem que consiga dar conta do evento que causaste ou do acontecimento que estás para criar.
Persegues almas fracas e mentes frágeis, afectando-as sem que te preocupes com o que será de ti e se alguma vez te conseguirão eliminar desta dimensão que nunca conseguiste proclamar. Duvidas-me, entristeces-me, confundes-me deixando-me de pulsos abertos que na minha memória para sempre ficarão, marca de ti que nunca e jamais será esquecida com o passar do tempo.
A tua melodia é suave e nítida, por verses confundida com muitas outras e nunca esquecida porque não permites ser apagada da memória dos que anseiam ser livres da tua angustia e desespero, tendo em conta que o som que libertas causa felicidade para as mentes sadisticas e maliciosas, mas também garantes que muitos gerem lágrimas e sentem dor quando a eles lhe fazes visitas casuais.
Oh soneto, és agradável mas assustador, e fazes-me questionar o porquê de quando passas por mim eu te guardo e armazeno durante tanto tempo que por vezes esqueço que ainda estás comigo, mas ainda te vais revelando em algumas vezes.
És a musica com que a voz que eu quero eliminar da minha memória mas não consigo, tento afastar-te mas arranjas sempre maneira de voltar para mim sem eu querer. Não tendo forma ou figura humana, não tens pensamentos e emoções humanas, não relembras o teu passado, não planeias o teu futuro, apenas vagueias pelo espaço que te é permitido e parecendo ilimitado, não tens vida existente que possa ser morta, não subestimas nem subjugas as palavras que a ti tentam ser dirigidas, de facto não devias de existir neste mundo...
Serás sempre aquele soneto que perturbará a minha vida e os meus sonhos, serás sempre aquele soneto, que embora agradável, odiar-te-ei e tentarei levar-te comigo para a campa, és a musica que nunca mais deverá ser ouvida

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