quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Carrossel dos sonhos (80's style)

Quando neste mundo, há cerca de 25 anos atrás, a meados do Outono, quando ficava frio à medida que os dias iam passando, era aquela feira de diversões a que eu ia todas as tardes matar tempo que nunca soube apreciar. Não comia lá nada nem andava nas diversões ou sequer passava pelas tendas de mini-jogos, por isso não é como se fosse lá fazer alguma coisa. Apesar de as pessoas deixarem de vir por causa do frio que começava a torturar os narizes pingados, a mim não fazia diferença, eu continuava a ir, pelas memórias... Memorias de quando a feira abriu, eu vim sosinho logo no primeiro dia com o propósito de me perder nas fantasias que me rodeavam, até que te vi lá. Ouvi o meu nome e virei-me para sabem quem é que me estava a chamar e dei-me de caras com a tua face, e sem ter tempo de reacção, tu agarraste-me no braço e disseste-me para te seguir, eu não encontrava outras hipotses e fui arrastado da barraca de algodão doce sem ter conseguido fazer o meu pedido. Levaste-me até à tenda do tiro ao alvo e pediste-me para ganhar um peluche para te o dar, e fi-lo à segunda tentativa. Desapareceste e reapareceste num piscar de olhos, justificando que foste pedir à tua prima para guardar o peluche enquanto que mais uma vez me voltavas a agarrar pelo braço e puxavas até ao teu proximo destino. Quando paramos estavamos à frente da montanha russa e pediste-me para dar uma volta contigo para teres alguém com quem sentir a adrenalina, eu aceitei e fui contigo na minha completa calma.
Como qualquer montanha russa, eu gostei de ter andado, mas normalmente andava sosinho, mas contigo foi mais divertido e tu tinhas dito que foi a primeira vez que tinhas andado e que te assustaste bastante, mas não tiveste medo pelo facto de eu te ter acompanhado. Por fim, saímos daquela zona da feira, voltaste a agarrar-me no braço e desta vez fizeste-me ir até ao carrossel para darmos uma volta, eu fui. Disseste-me para eu ir primeiro, e assim subi para um dos cavalos e estranhamente, tu subiste para o mesmo que eu, mas virada para mim. Assim que subiste, o carrossel entrou em andamento, tudo o que conseguia ouvir não era as gargalhadas das crianças que se divertiam ou o barulho das maquinas em movimento, mas sim a tipica musica classica de carrossel; tudo o que conseguia ver era a tua cara sorridente e feliz; tudo o que conseguia sentir era os teus braços a envolverem-me, o momento foi perfeito e unico, o teu abraço aconchegador encheu-me de sentimentos que conduziam à felicidade e conduziste-me palavras que eu nunca esquecerei, mencionando ainda uma promessa de que nunca mais voltarias a apertar os meus braços com tanta força como em momentos anteriores...
E assim fica a rasão pelo qual eu continuo a vir a esta feira todos os dias desde então, para que todos os dias recorde aquele sonho que parecia ser, a volta naquele carrossel dos sonhos felizes...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Espelho do sentimento

ATENÇÂO: a pedido de um amigo meu, que quiz ser anónimo em relaçãoa isto, coloquei este texto o qual ele escreveu há uns poucos anos e recentemente me pediu para colocar no blog... vamos chama-lo de Miguel carvalho! (Migas caralho! :D xD)
por isso... toca a ler e dizer sobre forma de comentário algo sobre este texto escrito pelo anónimo Migas Caralho! :D (e não, o nome dele não é Miguel carvalho xD)



Tentei descrever todas as maneiras de sentir o que sinto, mas as palavras eram tão vagas e melancólicas, que só sentiam o peso delas quem as sentia. Gostavam de as ler, de decifrar, mas ninguém poderia decifrar, julgar ou saber o que sente a pessoa de quem as escreve... mas mesmo assim todos as sentem, mesmo recusando-as, todos as sentem! Todos as ignoram... pobre aqueles que não o fazem pois eu sei como eles sofrem! Eu sofro com eles... pensei porque eu teria de viver assim, desta maneira, tão ousada e encoberta de adornos, como de uma obra de arte se tratasse, mas era a fantasia que eu outrora houvera criado, era o destino, o fardo que a mim mesmo incumbira, gostava de sentir a dor que nunca, por momentos, me abandonara! Tanto desejei e desejo de por vezes a fazer parar, mas nem mesmo a morte me iria a tirar! Apenas a minha dor, em mim, se iria alastrar.
Morro com o fardo que nunca quis dar, mas mesmo assim que o irão receber... a tristeza em mim se veio apoderando, alastrando, e eu, recebia de braços abertos, com a esperança de talvez o meu amor a confortasse e o consumisse,... Mas o que dai surgiu, foi uma maior fome, que não consumiu apenas o meu amor, que a abraçou, mas também aquele que o seu amor deu... veio tendo a conter mais fome, mais e mais... desaparecia...
O doce amargo sabor da vida, os momentos tão espontâneos que se deterioram com os segundos, como se tratasse numa questão de... era a vida que eu sempre quis, foi a vida que eu sempre criei. Serei eu Deus?! Não! Um doido? talvez...
Corre nas veias de um rei, a amargura e a rigidez, que o torna um dos seus mais fiéis súbditos...
Correu nelas a esperança, a luta, por apenas... segundos... desapareceu...
Então olhei no espelho, e vi, com olhos de um cego, aquilo que me rodeava... pensei que se os voltasse a fechar sentiria e compreenderia melhor, mas no momento que os fechei apenas... ousadas palavras criadas por alguém que lhe dera sinónimos...
Esta era a minha dor, o meu fardo... agora o teu! Tu sentes, todos nos sentimos, não negues, apenas aceita, não compreendas! Não penses! Apenas sente.
Sente, sê humana... não uma máquina ou uma imagem.

Sonhador

E quando aquela mão estendida me apareceu perante a minha cabeça rebaixada de tanto desespero que, eu me apercebi de que a situação iria mudar, mas nunca tinha pensado que chegaria a este ponto.
Quem iria pensar que a mão que me apoiou e me pediu apoio seria a mão da pessoa que causaria a mudança do mundo que conhecíamos antigamente? Mas a que custo?
Durante temperadas que servi essa mão como agradecimento por me ter feito "renascer", e durante temporadas nunca tinha pensado que, por radicalidade, a pessoa a quem pertencia essa mão sacrificaria a sua própria vida só para poder dizer a todas as almas humanas que as esperanças de todas as vidas neste planeta seriam inúteis. Enquanto tal sinal passara, apercebi-me de que milhões de pessoas desistiriam de viver, e só alguns punhados de pessoas que escaparam a tal desistência, estão agora a viver no completo desespero e agonia.
Eu não, sobrevivi mas não me sinto desesperado... Devo então admitir que graças à mão que me ajudou a levantar e ao seu sacrifício, que agora sou eu quem domina o mundo, assim como ele quis, eu agora devo liderar e ajudar todas as almas penada que por aí ainda circulam, tal como ele a mim me ajudou em tempos e me convenceu a seguir o seu legado e transmiti-lo à próxima geração, para que no final não se tenha de dizer que acabou, mas sim que mudou, para uma nova esperança e um novo futuro que agora facilmente iremos enfrentar.

Dedicado ao meu mano ^.^

Espelho

Ao desviar o meu olhar para certo objecto, nele vejo o meu reflexo, contrariamente igual a mim, para apenas reparar que ao olhar para os meus próprios olhos não me mostra o meu interior ou a minha realidade, apenas escuridão.
Como poderia a janela para a minha alma apenas mostrar escuridão? Serei eu assim tão obscuro? Não existirá uma pequena fonte de luz?... Arrepio-me sempre que me olho no espelho. De tantas cores no mundo, cores vivas e fortes, e em mim só vejo escuridão. Duvidoso é este facto que me manipula e degrada, só consigo pensar na escuridão dentro de mim...
Como posso reagir perante quem me olha nos olhos e só vê escuridão? Tentarei explicar que é uma falsa imagem? manter-me-ei calado em relação ao assunto?... Fujo sempre que encontro escapatória para não sair da situação atormentado com o que poderia dizer ou fazer. Tento esconder a minha cara como se ela fosse uma aberração e mostrasse facetas horrendas, não aguentando com a pressão...
Como posso eu esconder a cor negra e negativa que estes olhos meus demonstram? Deverei usar lentes coloridas? Cegar-me-ia ao retirar os meus próprios olhos, impedindo-me para sempre de ver a realidade à minha frente?... E mesmo que a realidade seja cruel e triste, tenho de a ver para a poder enfrentar. E não posso simplesmente retirar uma parte de mim que está comigo desde que nasci...
E nunca poderei alterar isto, esta escuridão que existe em mim, esta feia escuridão que desespera, desespera para se revelar por maus termos, este espelho que é tudo o que eu nunca quiz ser.

Sonho real

No fundo da desilusão onde reside a cruel e feia realidade, não abandona o desespero de querer fugir. Recorro à imaginação e à fantasia, que em qualquer momento me acude e surge quer necessite ou não.
Já são poucos os sorrisos felizes que se vêem na face deste planeta, e muitas dessas pessoas infelizes não recorren a um pequeno diário momento em que aconchegam as suas cabeças nas nuvens e criam os seus pequenos mundos de desejos que podiam ser realidade, pequenos mundos de imaginação irregular só para poderem sorrir abertamente aos seus redores...
Não cabe em qualquer pedaço de imaginação um poder para virar este ritmo sobrehumano o qual o tempo não perdoa e os sonhos vão desaparecendo e as imágens esquecidas. Figurando uma realidade a qual um pensamento surge como inicio é bastante dificil para qualquer pessoa.
Se bastasse uma palavra para alterar "tudo", essa palavra teria de existir, para começar, mas só poderia ser utilizada uma unica vez, porque, como qualquer vida humana que só vive uma vez, tal palavra, como muitas outras, só poderiam e deceriam ser mencionadas uma unica vez na sua existência. Mas nem na imaiinação conseguimos pensar em tais palavras, porque não são necessitadas; e na realidade em que nos apresentamos, só conseguimos usar a imaginação e fantasia para crescermos felizes, Às veses usamos para sonhar e ambicionar... mas quase nunca concretizar...

Desilusão

Foi quando fechaste os olhos ao mundo, que realmente decidiste deixar de ver o quanto feio ele é, havendo quem diga que o fizeste por cobardia e medo de aceitar o facto, e há quem diga que foste suficientemente inteligente para tal. Escondeste permanentemente a realidade de ti mesma só para a tentares esquecer, até que desististe...
Tapaste os teus ouvidos para que mais nenhuma palavra cruel trespassasse a tua zona de pensamento, nunca mais quiseste ouvir as vozes maliciosas e as vozes que te tentariam confortar para que nenhuma vez te ferisse....
Sorrias e sorrias na tua perfeita ingenuidade sem ter mais alguma noção do que realmente se estava a passar à tua frente, desiludiste-me com tal profundeza que não me permite transmitir palavras as quais eu queria tanto que ouvisses, e as compreendesses sem me tentares ignorar, porque captar atenções nunca foi algo que eu fizesse bem, e percebo que a tua atenção nunca a vá conseguir captar tendo a consideração que jamais alguma vez consegui...
Não sabes no que pensar e perdes-te nos momentos de angustia sem auxilio; não sabes no que me dirigir e fias-te no que te rodeia, confiando cegamente no que desconheces; não sabes o que fazer e deixas-te levar pelo ambiente em que te encontras presente.
Sem qualquer rigor que sequer possa ser imaginado, tentas ignorar estes e muitos mais factos para não te deixar cair no desespero de tal desilusão tremendamente surpresa... Não sei o que esperas ouvir de mim, não sei o que quero ouvir de ti...